Ba-Vi: final opõe forças do Barradão e tabus

Bahia eVitória chegam hoje para o segundo clássico da decisão do Campeonato Baiano, no Manoel Barradas, e os torcedores de cada clube devem estar apostando as fichas em dois fatores distintos.O Esquadrão tem a favor tabus históricos que transcendem a rivalidade, valendo igualmente para a dupla, e são desafiados hoje pelo Rubro-Negro, que aposta todas as fichas no fator Barradão.Com um triunfo por 2 a 0 no domingo passado, na Fonte Nova, o Esquadrão tem vantagem valiosa. Só perde o título dentro dos 90 minutoscaso perca por pelo menos três gols de diferença. Dois gols levariam aos pênaltis.No ano passado, é importante recordar, o Rubro-Negro conseguiu reverter a mesma diferença de gols dentro do mesmo jogo decisivo em que ficou em desvantagem. Na ida da final do estadual passado, exatamente no Barradão, o Leão perdia por 2 a 0 e conseguiu virar para 3 a 2. Virada que vem sendo lembrada, como um mantra, pelo técnico Thiago Carpini, para reforçar a esperança no título.“A gente quer o Bahia aqui (no Barradão). Estamos esperando eles aqui. Está aberto. Eu acredito muito nisso. O primeiro jogo do ano passado, (o Vitória) começou perdendo por 2 a 0 e, no próprio jogo, reverteu. Talvez o erro do Bahia foi não ter matado o jogo lá. Ter perdido o pênalti. Porque agora o jogo aqui vai ser bom”, disse Carpini.Rogério Ceni também reconheceadificuldadedeatuarno estádio do rival. “Vai ser um jogo dificílimo, como são sempre os jogos no Barradão. Nós já fizemos alguns jogos lá. O gramado é diferente, as circunstâncias de jogo (são diferentes), o apoio do torcedor,claro que, na Fonte Nova, faz toda a diferença. Mas eu acho que a gente tem maturidade suficiente para encarar esse jogo, pra não entrar emprovocações,pra estarconcentrados”, disse Ceni.Em oito das 10 vezes em que o jogo de volta da decisão estadual foi no Manoel Barradas, o troféu ficou com o Vitória (1997, 2000, 2004, 2005, 2009, 2010, 2013 e 2017). É verdade que em apenas duas dessas situações, em 2000 e 2004, o Leão venceu o segundo jogo da decisão, e somente em 2000, por um placar que levaria a definição do título atual para os pênaltis, quando fez 3 a 1.É necessário lembrar, entretanto, que o Leão não precisava vencer nessas ocasiões. O que fica, nesse caso, é o fato de que, nessas oito oportunidades, o clube conseguiu fazer o que era necessário para ser campeão em casa.E é justamente o fator Barradão que dá mais confiança aos rubro-negros de que é possível reverter a difícil situação.Antes do tropeço contra oNáutico, que custou a eliminação da Copa do Brasil, o Leão já acumulava 11 jogos sem derrotas no estádio, com 7 vitórias e quatro empates.Desde 2016, entretanto, o Leão não vence o Bahia por pelo menos dois gols de diferença no Barradão. Na final do Baiano, fez 2 a 0, com gols de Diego Renan e Amaral.O tempo sem ganhar por um placar que garantiria o título nos 90 minutos de hoje é um pouco maior. Em 2015, pela Série B, o Leão fez 4 a 1. Guilherme Mattis, Escudero, Rogério e Roberto fizeram os gols do Vitória. Máxi diminuiu.Tabus históricos O Bahia, porém, tem tabus históricos a favor da conquista do 51º estadual. É que nunca, na história do Baiano, em finais entre os doisrivais, disputadas em ida e volta, o vencedor do primeiro jogo perdeu o título.Nas 12 vezes em que um dos dois venceu na ida, também ficou com o troféu na volta. Nas outras cinco finais com esse modelo, só empates na ida.Além disso, em todas as 11 decisões de Baiano disputadas entre a dupla Ba-Vi no século XXI, o clube que levou a vantagem do empate para o segundo jogo foi o campeão, ainda que não tivesse vencido o primeiro.E a regra não ser estringiu ao Baiano. No outro confronto entre os rivais valendo título neste século, na Copa doNordeste de 2002, o Bahia venceu, na Fonte Nova, por 3 a 1, e empatou, em 2a2, sendo campeão no Barradão.Título do Bahia no estádio do rival, entretanto, é raridade. Desde 2018, a decisão do Baiano não acontece no local.Naquele ano, o Bahia foi campeão, vencendo as duasfinais. Foi, entretanto, apenas o segundo estadual ganho no local. O primeiro foi em 1998.
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