Pioneira, a cidade de São Vicente Férrer quer economizar R$ 1,5 milhão anualmente com sistema de energia solar e carros elétricos

A cidade de São Vicente Férrer, no interior do Pernambuco, quer economizar R$ 1,5 milhão de reais anualmente nas contas de energia elétrica e combustível. A prefeitura do município, que fica a 107 km de Recife, instalou paineis de energia solar em todos os prédios públicos, como escolas e hospitais, além de adotar uma frota de carros elétricos. Com pouco mais de 16 mil habitantes, a iniciativa verde coloca a cidade como destaque em todo o país. 

O projeto, que está em andamento desde 2023, foi oficialmente inaugurado na última sexta-feira, 21, e foi possível graças à linha de crédito de R$ 4 milhões junto ao Banco do Brasil. No total, são 1.850 paineis em atividade em 15 imóveis. Escolas, hospitais e prédios da administração pública contam com aparelhos instalados nos telhados. Já os veículos elétricos estão em serviço da Educação, Saúde e Assistência Social de São Vicente Férrer. Em 2025, segundo planejamento, toda a frota de 12 veículos do município será convertida em carros elétricos. 

A prefeitura informa que a economia será revertida nos serviços de saúde do município. O investimento na frota de veículos do município foi de R$ 700 mil, contando com recursos próprios e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

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Sustentabilidade

No Agreste Setentrional de Pernambuco, na divisa com a Paraíba, a cidade de São Vicente Férrer fica em uma extensa área que registra os maiores índices de radiação solar do país ao longo do ano. Essa característica faz da região um dos locais com maior potencial para geração de energia fotovoltaica no Brasil.

De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essa área vai do interior do Rio Grande do Norte até o oeste de Minas Gerais, abrangendo parte do Nordeste e do Sudeste do país.

Dados do Inpe revelam que o Brasil experimentou um crescimento exponencial na geração de energia solar nos últimos 15 anos. Atualmente, o país possui uma capacidade de produção que gira em torno de 54 gigawatts (GW), valor quase quatro vezes superior à capacidade da Usina hidrelétrica de Itaipu.

Essa expansão da energia solar, que não emite carbono, traz benefícios significativos, como a redução na conta de luz e a contribuição para a distribuição de energia no sistema elétrico nacional. 

O alto custo de instalação dos paineis solares, entretanto, ainda é um obstáculo para a adoção em larga escala dessa tecnologia. Para prédios comerciais, por exemplo, o investimento inicial pode ultrapassar R$ 200 mil, valor que muitas prefeituras e empresas não conseguem arcar sem financiamentos externos.

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