A seleção brasileira que não empolga

Mais uma Data Fifa chega, período em que as seleções de futebol disputam seus torneios ou amistosos, e com ela, o sentimento de que o torcedor está cada vez mais distante da seleção brasileira é evidente. E estamos falando do Brasil, conhecido por ser o “país do futebol”.

Em um período de duelos eliminatórios contra a Colômbia e a Argentina, duas ótimas seleções, seria comum vermos torcedores empolgados com as partidas, mas não é o que acontece. Vivemos uma época em que as pessoas já nem sabem mais quando tem jogo da seleção, por ter se tornado algo irrelevante, com exceção da Copa do Mundo, o maior evento esportivo do planeta.

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Claro que muitos ainda torcem pela seleção, mas acredito que a falta de uma grande referência mundial e de uma equipe que conquiste títulos fez com que a aproximação do torcedor diminuísse um pouco. A última conquista foi a pouco empolgante Copa América de 2019. Antes disso, a Copa das Confederações em 2013. Além disso, já são 23 anos desde a conquista da última Copa do Mundo.

A maior referência técnica, há pelo menos dez anos, tem virado assunto muito mais por polêmicas fora de campo do que dentro dele. Neymar continua sendo uma esperança para um possível título de Copa do Mundo em 2026, mas se continuar como está, corre o risco de nem disputar a sua última Copa na carreira.

Mesmo com todas as polêmicas, se trata de um craque, o maior artilheiro da história da seleção brasileira. É um jogador que vale a pena ligar a televisão para assistir. O problema é que nos últimos anos, Neymar atuou poucas vezes com a camisa da seleção. Fora ele, não tem nenhum jogador que atualmente esteja chamando a responsabilidade e decidindo os jogos para o Brasil. Falta uma referência técnica dentro de campo.

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E isto acaba sendo mais difícil ainda para os torcedores mais velhos, que tiveram a honra de acompanhar algumas ou todas as gerações que foram campeãs do Mundo. Aos 24 anos, não tenho nenhuma lembrança do penta, mas aqueles que viram a conquista em 2002 ou 1994, ou algum dos primeiros três títulos, não devem se empolgar muito com o que temos em campo hoje. E não acredito que temos uma geração ruim de jogadores, muito pelo contrário. Mas falta aquele algo a mais para chegarmos longe.

O Brasil tem o atual melhor jogador do Mundo eleito pela Fifa, Vinicius Jr., que é muito criticado por não desempenhar tão bem na seleção quanto faz no Real Madrid. Apesar de que nessa quinta-feira, ele foi decisivo marcando um belo gol aos 99 minutos para dar a vitória ao Brasil contra a Colômbia. Raphinha, que vem conseguindo marcar gols com a camisa da seleção, hoje é um dos melhores jogadores do mundo atuando com a camisa do Barcelona. Além deles, há Rodrygo, Alisson, Marquinhos, entre tantos outros nomes mundialmente conhecidos. Uma boa geração, mas que talvez não esteja bem encaixada.

Acredito que com o time de coração somos bem mais apaixonados, sabemos viver o lado ruim e o lado bom, sempre apoiando de maneira incondicional. Já pelo lado da seleção, queremos ver o espetáculo e a magia que o futebol brasileiro já possuiu um dia, mas que está difícil de enxergar atualmente.

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