Repórter é adicionado por engano a grupo do governo Trump e descobre ataque ao Iêmen

Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista The Atlantic, foi incluído acidentalmente em um grupo de mensagens do governo Trump, onde altos funcionários discutiam informações ultrassecretas. A troca de mensagens antecipou bombardeios dos Estados Unidos contra os Houthis no Iêmen, antes mesmo do anúncio oficial.

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Inicialmente, Goldberg duvidou da autenticidade das mensagens, que eram enviadas via Signal por figuras como o secretário de Defesa, Pete Hegseth, o vice-presidente, JD Vance, e o secretário de Estado, Marco Rubio. No entanto, ele percebeu que eram reais quando os ataques começaram exatamente no horário mencionado nas conversas.

“Eu não conseguia acreditar que a liderança da segurança nacional dos Estados Unidos iria comunicar no Signal sobre planos de guerra iminentes. Eu também não conseguia acreditar que o conselheiro de segurança nacional do presidente seria tão imprudente a ponto de incluir o editor-chefe do ‘The Atlantic’ em tais discussões com altos funcionários dos EUA, até e incluindo o vice-presidente”, afirmou Goldberg.

Confira as mensagens:

A conversa continha detalhes sobre alvos e estratégias militares, e segundo o The Atlantic, podem ter violado a Lei de Espionagem dos EUA. Goldberg optou por não divulgar o conteúdo completo para evitar riscos à segurança nacional.

No dia 11 de março, o editor-chefe recebeu uma solicitação do aplicativo de mensagens feita por um usuário identificado como Michael Waltz. A partir de 14 de março, os membros do alto escalão da segurança americana começaram a discutir sobre um bombardeio ao Iêmen.

“Eu apenas odeio salvar a Europa de novo”, disse o vice-presidente dos EUA, JD Vance, sobre o continente europeu supostamente se beneficiar das campanhas militares dos Estados Unidos. “Eu compartilho totalmente do seu desprezo pelos aproveitadores europeus. É PATÉTICO”, responde Hegseth.

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