Partido Novo não deve ter candidato ao Governo de Santa Catarina em 2026

Ao contrário de 2022, quando pela primeira vez o partido Novo teve um candidato ao Governo de Santa Catarina, em 2026 a sigla não deve ter candidato ao principal cargo do estado. A maior liderança da sigla, o prefeito de Joinville Adriano Silva, já disse que cumprirá seu mandato até o final, saindo do tabuleiro eleitoral de 2026.

Outro nome importante é o de Odair Tramontin, candidato em 2022, quando obteve 114.087 votos, 2,79% dos votos válidos. Mas o promotor público aposentado já anunciou que não tem intenção de tentar o governo novamente e sinaliza que quer ser candidato ao Legislativo.

Lideranças do novo no estado entendem que o campo do eleitorado de direita, predominante em Santa Catarina, está preenchido pelo governador Jorginho Mello (PL), candidato natural à reeleição, e agora com o anúncio da pré-candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).

O foco do Novo será, em Santa Catarina e pelo Brasil, tentar eleger o maior número de deputados federais possíveis e garantir assim que ficar acima da cláusula de barreira, o que causa uma série de problemas. Precisa eleger pelo menos 13 deputados federais em pelo menos um terço dos estados brasileiros ou garantir na eleição 2,5% dos votos válidos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas.

Um desafio e tanto. Na última eleição, emplacou apenas três parlamentares, sendo que um deles é de Santa Catarina, Gilson Marques, com base eleitoral no Vale do Itajaí. Aí entra outro dilema do Novo, pois Gilson é sempre ventilado para tentar o Senado, mas isso pode prejudicar o plano maior do partido, afinal ele cresceu a votação na sua reeleição e tem um trabalho reconhecido.

Outra dúvida então está no caminho a ser tomado por Odair Tramontin. Ele é cotado para tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas já sinalizou que não concorrerá para a mesma vaga que Gilson Marques, os dois que disputariam o mesmo voto regionalmente. Poderia tentar o Senado, mas a leitura hoje é que o cenário estará preenchido por nomes bolsonaristas, como os de Caroline de Toni e Júlia Zanatta, ambas do PL, além de João Rodrigues (PSD), sonho do próprio ex-presidente, manifestado recentemente.

Assim, sobraria à Tramontin tentar uma vaga de deputado estadual, hipótese já aventada pelo promotor aposentado.

Sendo assim, se bobear, o Novo pode não ter candidato ao governo e até ao Senado.

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