Editora Gazeta lança nova edição do Anuário do Tabaco nesta segunda-feira

A atividade de produção de tabaco continua a dar a cada dia provas de sua relevância econômica e social no País. A cultura faz parte da história do Brasil desde o início, e há mais de um século desenvolve um Sistema Integrado, envolvendo produtores e empresas, que serviu de modelo para outras cadeias produtivas, e para legislação nacional específica há cerca de 10 anos. Enquanto isso, nas duas mais recentes safras, aumentaram o número de produtores e a área de cultivo, pela boa atratividade que este oferece.

Esta temática, junto com várias análises e detalhados e abrangentes números do setor em nível nacional e global, estão presentes na 28ª edição do Anuário Brasileiro do Tabaco, em português e inglês, que será lançada pela Editora Gazeta nesta segunda-feira, 31 de março, em Santa Cruz do Sul. Diversas autoridades e representantes do segmento deverão se fazer presentes ao ato, que tradicionalmente marca cada chegada da aguardada publicação.

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Entre as informações trazidas pela publicação, revela-se que, no Sul do Brasil, onde se concentra a produção, são perto de 140 mil famílias produtoras integradas, que tiram do seu cultivo a principal renda. E mais de 500 municípios têm ligação direta com esta atividade, cobrindo boa parte dos três estados, enquanto no Nordeste persiste a tradição dos tabacos escuros, que vem sendo renovada. Somente para os produtores, gera mais de R$ 12 bilhões em recursos, e os governos arrecadaram por volta de R$ 17 bilhões com a atividade. Além das divisas de quase US$ 3 bilhões na exportação, onde o País é líder há três décadas, e para a qual destina cerca de 90% da produção.

Essas folhas, como evidencia o anuário, mantêm demanda internacional em níveis estáveis e o Brasil, também segundo maior produtor, garante seu fornecimento com qualidade e sustentabilidade, graças a seu Sistema Integrado de Produção, que está em constante aperfeiçoamento e fortalecimento na cadeia produtiva, com esforços novamente conjuntos. Em paralelo, projetos sociais e ambientais, históricos, pioneiros e inovadores, desenvolvidos por suas também tradicionais entidades e empresas, são incrementados todos os anos, com novas e abrangentes ações.

Em vista disso, e diante de constantes incompreensões e restrições de que é alvo, o setor, com toda legitimidade, cobra melhor consideração e um olhar mais realista sobre a sua comprovada representatividade e importância, a respeito das quais a publicação da Gazeta traz subsídios mais do que suficientes. Destinada aos mais diversos elos ligados direta e indiretamente ao setor no Brasil e no exterior, e de modo especial às mais diferentes esferas oficiais, a proposta do Anuário é tornar mais conhecido e reconhecido o grande valor da atividade, que já vai ao encontro de milhares de pessoas, mas precisa também alcançar a compreensão da sociedade como um todo e dos tomadores de decisão, como lembra Romar Beling, gestor de Conteúdo Multimídia da Gazeta.

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O tabaco em números

SAFRA BRASILEIRA 2023/2024

  • Famílias produtoras: 146.558
  • Empregos gerados no setor: 2.066.232
  • Área cultivada: 307.986 hectares
  • Produção: 540.957 toneladas (94% do Sul)
  • Valor da produção: R$ 12.278.102.818,76
  • Valor da tributação (cigarros): R$ 16.777.224.060,00. Fonte: Afubra/Receita Federal.
  • Exportação/2024 (volume): 455 mil toneladas (85% do total)
  • Exportação/2024 (valor): US$ 2.977.000,00 (97% do Sul). Fonte: SindiTabaco/MDIC.

Ações ambientais, sociais e de governança marcam o segmento

Ao lado do Sistema Integrado de Produção, que se coloca como garantia de qualidade e vem sendo fortalecido, o setor de tabaco no País é vanguardista e modelo em ações ambientais, sociais e de governança, recentemente evidenciadas como práticas ESG. Como mostra o Anuário Brasileiro do Tabaco 2024, da Editora Gazeta, a cada ano tradicionais programas e projetos são renovados e outros lançados por meio de suas instituições e empresas, ampliando cada vez mais a abrangência e a sustentabilidade da cultura.

Com mais de três décadas, o programa Verde é Vida, da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), já contemplou mais de duas mil escolas e 600 municípios do Sul do País; completa também 15 anos de pesquisa científica, com estudos sobre novos usos e produtos de vegetais. As próprias empresas também realizam suas pesquisas e investem em novas estruturas nesta área, desde a produção de sementes até diversas tecnologias, com destaque para cultivares mais produtivas, resistentes a doenças (reduzindo ainda mais o uso de defensivos, já exemplar na atividade) e adaptadas a diferentes condições ambientais, tão acentuadas em mudanças climáticas.

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O Instituto Crescer Legal, criado por meio do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e associadas, contemplando e ampliando iniciativas socioeducativas de empresas, já chega a 10 anos de atuação e a mil jovens aprendizes certificados, além de outras atividades que visam multiplicar boas práticas e o empreendedorismo. A ação busca combater o trabalho infantil, assim como outras, que integram representações das empresas e dos produtores, promovem o trabalho decente no setor. A saúde e o bem-estar também estão entre as preocupações presentes na atividade, dentro da responsabilidade socioambiental.

Da mesma forma, mais trabalhos conjuntos ou isolados continuam repercutindo dentro e fora do setor, como os já cinquentenários esforços de reflorestamento, para garantia da cura da produção sem desmatamento. Muitos outros são voltados à conservação da água e do solo, novamente reforçados diante de recentes secas e enchentes verificadas nas regiões produtoras, assim como os pioneiros projetos que cuidam de resíduos, tanto em nível de campo como da indústria, e buscam reduzir emissões de gases de efeito estufa.

O setor tem sempre em mente, ainda, a sustentabilidade econômica, onde o tabaco é a base de sustentação de milhares de famílias de pequenas propriedades familiares, correspondendo a 56% da renda total média das 133 mil famílias produtoras no Sul do Brasil no ciclo 2023/24, e dele não podem abrir mão. Porém, é tradição da atividade manter cultivos diversos, para seu fortalecimento, com produtos de subsistência e de reforço na renda, como estimulam as próprias empresas, e a Afubra realiza já há 25 anos a Expoagro Afubra, voltada à diversificação.

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Todo o setor empenha-se para que a atividade, tão visada, não seja prejudicada, por seu valor econômico e social, buscando tratamento tributário e regulatório justos, onde entra a aprovação de novos produtos, como os Dispositivos Eletrônicos de Fumar (DEFs). Várias organizações somam-se nos esforços de governança, incluindo Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco no Brasil e Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), todos buscando o devido reconhecimento e a valorização do seu trabalho lícito e relevante, como devem reiterar em mais uma Convenção das Partes (COP) da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, a ocorrer no final de 2025, em Genebra, na Suíça.

Breve perfil do Sul

Municípios produtores 509 (43% do total)
Famílias produtoras 133.265
Proprietárias 95.359
Parceiras 37.906
Tamanho médio das propriedades 14,5 hectares
Área com tabaco 184.184 hectares
Área com outras atividades 772.917 hectares
Área com cobertura florestal 327.078 hectares
Valor obtido com tabaco R$ 11.783.348.282,00
Valor de outras produções R$ 9.153.905.648,00
Valor por hectare de tabaco R$ 41.464,00
Valor por hectare de outros produtos R$ 11.843,00
Fonte: Afubra

Mais detalhes: Anuário Brasileiro do Tabaco 2024

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