Aniversário de Salvador: Mudei de Nome empolga multidão; veja fotos

A comemoração aos 476 anos de Salvador foi com clima de Carnaval neste domingo (30). Em cima do “Pranchão”, o movimento musical Mudei de Nome comandou mais uma edição da “Volta no Dique”, evento tradicional da capital baiana que ocorre ao redor do Dique do Tororó. O show começou às 11h e reuniu amantes da música baiana de diferentes partes do Brasil.Para essa edição, o Mudei de Nome contou com uma participação especial. Substituindo o cantor Magary Lord, que está em turnê com Seu Jorge na Europa, o músico Tonho Matéria subiu no trio elétrico ao lado de Ricardo Chaves, Ramon Cruz e Jonga Cunha.

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“É muita pressão. Magary é um amigo querido, Ricardo outro queridíssimo. Muitas músicas minhas eu vejo sendo executadas na Mudei de Nome, que é um projeto lindo e maravilhoso. Então, eu não pensei duas vezes”, disse Tonho Matéria em entrevista ao MASSA!.Apesar de estar tocando com o Mudei pela primeira vez, a parceria entre Tonho e os outros membros é antiga. Por estar comemorando o aniversário da cidade, a apresentação ganha um gostinho ainda mais especial.”Eu conheço o projeto e todos esses que estão aqui. Todos já tocaram comigo em projetos separados. No Mudei de Nome é a primeira vez que eu recebo esse convite e tô gostando, principalmente nesse momento em que nós estamos também fazendo essa homenagem a nossa cidade”, afirmou.Apaixonado por Salvador, o artista não deixou de falar sobre seu lugar preferido da cidade. Para ele, o Dique do Tororó tem uma energia especial.”Quando eu vejo os Orixás aqui no Dique, que estão nos iluminando e dando essa proteção, é disso que eu gosto. A ancestralidade com esse momento carnavalesco, homenageando essa cidade ancestral. Estou no Dique, lugar dos malês, dos búzios e de tantos homens e mulheres negras dessa cidade que lutaram para ver esse lugar se tornar mais identitária”, pontuou.A nova edição do evento também marca o retorno as raízes. Criada em 2015, a festa precisou ser renomeado para “Volta no Parque dos Ventos” durante algumas edições por conta de obras na região do Dique.”A gente está de volta esse ano porque as obras daqui acabaram. É muito bom. A energia daqui não tem igual e a família baiana está com a gente sempre. É um prazer enorme, tocar aqui em Salvador é sempre muito bom”, contou o baterista Ramon Cruz.Confira fotos:

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

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| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

| Foto: José Simões / Ag. A TARDE

Um dos objetivos do Mudei é a celebração da música baiana. Com um repertório repleto de clássicos do Axé, a apresentação foi um misto de emoção e alegria. “É muito representativo para mim, que fez 44 Carnavais agora, a gente contar a nossa história, a história do soteropolitano, através da música. É isso que a gente faz, um resgate de uma cultura, de uma memória afetiva musical”, detalhou o guitarrista Ricardo Chaves.O músico também apontou o que ele considera o grande diferencial dos soteropolitanos. Ele explica que a tradição das festas de rua são o tempero especial de quem mora em Salvador. “Acho que a espontaneidade do povo soteropolitano com essa coisa da manifestação através da festa de rua. Isso é muito forte nesse povo e é isso que a gente constata aqui”, concluiu.

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