Caso Yara Paulino: buscas por bebê de mulher morta após boato são intensificadas com helicóptero no Acre


Uma semana após assassinato de Yara Paulino, de 28 anos, bebê identificada como Cristina Maria, de 3 meses, segue desaparecida e Polícia Civil continua investigação. Buscas por bebê de mulher morta após boato no Acre são intensificadas com helicóptero em á
Uma semana após o assassinato brutal de Yara Paulino da Silva, de 28 anos, investigadores e delegados da Polícia Civil do Acre têm intensificado buscas pela pequena Cristina Maria, de 3 meses, a filha sumida dela. A procura tem sido feita, inclusive, em áreas de difícil acesso, com o apoio do helicóptero da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, (Sejusp-AC).
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De acordo com a polícia, além disso, familiares do pai e da mãe da bebê foram ouvidos para auxiliar na investigação. A identidade desses locais e detalhes específicos das buscas não estão sendo divulgados para não comprometer os trabalhos. (Veja vídeo acima)
Contudo, a procura pela bebê é feita também em bairros da capital, no interior, ramais e comunidades isoladas. O Delegado-Geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, destacou que os policiais estão mobilizados dia e noite para solucionar este caso.
“Queremos trazer respostas à sociedade. O trabalho é criterioso, minucioso e conta com o apoio de todas as forças de segurança do Estado. Seguimos com todas as frentes de investigação abertas, analisando cada informação que possa nos levar à localização da bebê e à prisão dos envolvidos”, frisou.
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A polícia trabalha com a possibilidade de que a bebê esteja viva e tenta encontrá-la, além de conseguir prender os responsáveis pelo crime brutal contra a mãe da criança.
As investigações continuam em andamento e a Polícia Civil pede que qualquer informação relevante seja repassada pelos canais oficiais de denúncia, WhatsApp (68) 99912-2964 ou 181, garantindo o sigilo absoluto.
Criança foi incluída na plataforma Amber Alert, que alerta sobre desaparecidos ou sequestrados.
Reprodução
Procura por Cristina
No dia 26 de março, a polícia inseriu dados da pequena Cristina Maria, na plataforma Amber Alert, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No anúncio sobre o desaparecimento da menina, a polícia a descreve como branca, de olhos castanhos, cabelos lisos e castanhos.
O alerta também informa que a bebê foi vista pela última vez no dia 15 de março. O serviço, que é uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança e a plataforma Meta, busca fazer as informações alcançarem o maior número possível de pessoas que possam contribuir com relatos à polícia.
Yara Paulino da Silva foi assassinada na tarde desta segunda-feira (24)
Reprodução
A polícia confirmou também que Cristina Maria não possui registro de nascimento, e que o serviço foi negado em um cartório por conta de erros nos documentos dos pais. O casal não voltou a buscar o registro.
O ex-marido de Yara disse à polícia que a filha está desaparecida há cerca de três semanas. A polícia também apurou que a vítima apontava o ex-companheiro como possível responsável pelo desaparecimento da criança. Porém, nem o pai e nem a mãe chegaram a buscar uma delegacia para registrar o desaparecimento da bebê.
Crime
Yara foi assassinada por membros de uma facção criminosa após boatos de que ela tinha matado a bebê e jogado o corpo em uma área de mata. Moradores encontraram uma ossada dentro de um saco de ração no matagal e acreditavam ser da bebê. A perícia comprovou que os restos mortais são, na verdade, de um animal, possivelmente um cachorro.
Ainda conforme o MP, Yara tinha outros dois filhos que presenciaram o crime e ficaram muito abaladas emocionalmente. A família está sendo atendida por psicólogos e assistentes sociais do Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e do Núcleo de Atendimento Psicossocial (Natera).
Crime ocorreu na Cidade do Povo em Rio Branco
Arquivo pessoal
Ainda segundo a polícia, a principal linha de investigação é que Yara Paulino foi vítima de “disciplina” por membros de uma facção criminosa por conta da suposta morte da criança, e não de um linchamento de outros moradores.
“O que tem até agora seria essa motivação mesmo, que está meio que confirmada, que seria em decorrência da suposta morte da criança, e que seria por meio de facção criminosa. A gente já tem alguns suspeitos, não podemos afirmar que teriam executado a vítima, mas que estariam no local. Por ser uma investigação sigilosa, a gente não pode revelar agora para não atrapalhar no andamento das investigações”, disse o delegado Leonardo Ribeiro, da DHPP.
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