Filho de Hayao Miyazaki defende legado do pai em meio à controvérsia com IA

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Em meio a controvérsia envolvendo o uso de imagens geradas com IA para recriar o estilo de animações do Studio Ghibli, Goro Miyazaki (Contos de Terramar), filho do lendário diretor e co-fundador do estúdio, Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro, O Menino e a Garça), defendeu o trabalho pai.

Em entrevista recente, Goro falou sobre a rápida incorporação da tecnologia na indústria: “Não me surpreenderia se dentro de dois anos lançassem um filme inteiramente criado com IA”. Apesar disso, ele reconheceu que a adoção da inteligência artificial pode representar “grande potencial para talentos inesperados emergirem.”

Diante do cenário atual, Goro refletiu sobre o legado de seu pai. Ele revelou que não consegue imaginar o futuro do Studio Ghibli sem Miyazaki e Toshio Suzuki, também um dos fundadores do estúdio e produtor de diversos longas.

“Se esses dois não puderem mais criar anime ou não conseguirem se mover, então o que acontece? Não é como se eles pudessem ser substituídos.”, afirmou.

Goro destacou que os filmes de Isao Takahata (O Conto da Princesa Kaguya) e de Miyazaki possuem um caráter único, devido ao fato ambos serem “da geração que conheceu a guerra”.

Ele acredita essa vivência fez os dois incluírem elementos mais sombrios que apelam aos adultos, descrevendo o “cheiro de morte” que permeiam seus filmes.

“Isso é o que torna as obras tão profundas.”, concluiu. Para Goro, esse efeito é impossível de ser reproduzido.

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Takahata faleceu em 2018, aos 82 anos. Seu último longa foi O Conto da Princesa Kaguya. Miyazaki e Suzuki estão trabalhando em um novo filme. A colaboração mais recente dos dois foi em O Menino e a Garça, vencedor do Oscar de Melhor Animação.

Fonte: Yahoo!

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