Um cartão dourado estampado com o rosto de Donald Trump, a Estátua da Liberdade, uma águia-americana e o número US$ 5.000.000. Assim é o “Gold Card”, novo programa de visto anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, que promete conceder residência permanente e um caminho para a cidadania americana a estrangeiros dispostos a investir milhões na economia do país.
O “Gold Card” foi apresentado por Donald Trump durante um evento a bordo do Air Force One. Segundo ele, o programa começará a valer dentro de duas semanas e será uma versão premium do tradicional Green Card, com o objetivo de atrair investidores estrangeiros e impulsionar a economia dos EUA.
Trump declarou que foi o primeiro comprador do visto e reforçou que ele será destinado a empresários e investidores que queiram morar legalmente nos Estados Unidos. “Sou o primeiro comprador. Muito emocionante, não?”, afirmou.
O Gold Card será concedido a estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões ao governo dos EUA. O solicitante passará por uma avaliação antes da aprovação. Após a liberação do visto, o investidor poderá entrar e residir legalmente nos Estados Unidos. Posteriormente, os portadores poderão solicitar a cidadania americana.
O novo programa tem semelhanças com o EB-5, visto tradicional para investidores que exige a criação de pelo menos 10 empregos para trabalhadores americanos. No entanto, o Gold Card é mais direto e voltado para investidores de alto patrimônio.
Outros países já adotaram programas semelhantes
Os EUA não são os primeiros a oferecer cidadania em troca de investimentos. Países europeus, como Portugal e Reino Unido, já tiveram versões do chamado “Golden Visa”, que concedia residência a estrangeiros que comprassem imóveis de alto valor ou investissem no mercado financeiro local.
No entanto, esses programas foram criticados por questões de segurança. Em 2022, a Comissão Europeia recomendou que os países encerrassem os vistos por investimento, levando Portugal e Reino Unido a restringirem ou descontinuarem os benefícios.
Trump afirmou que espera vender até 1 milhão de vistos e não descartou que oligarcas russos possam adquirir o documento. “Para quem investe nos EUA, esta é a hora de ficar mais rico do que nunca”, disse.
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