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“Ela ativou um desejo de que a cidade podia se unir em torno da cultura baiana. Uma grande ativista que chegou na Bahia com o olhar importante para tudo que o Olodum, a Timbalada e o Ilê Ayê significam para nós e todas as comunidades. Afinal Wanda se dedicou muito ao início do que gerou esses grandes artistas”, disse ele.“E ela continua com seu legado e mais, ela estava muito atenta à chegada desses filhos, é alguém de força, que soube puxar nossas orelhas no momento que precisávamos comunicar melhor aquilo e que deixa uma saudade enorme, dessa forma que ninguém esperava. Um choque, mas a força dela e o legado são bem maiores”, completou.O artista ainda reconheceu a importância da comunicadora para a televisão brasileira, não apenas regional. “Ela chegou falando de assuntos que não eram corriqueiros. Nossa imagem não era aceita na TV. Estávamos sempre em assuntos policiais e passamos a ser culturais”, destacou.“[…] Ela fez o mundo prestar atenção na gente através daqui, da Bahia e seremos eternamente agradecidos a esse legado. Pedimos também essa ascendência ao bom Jesus do Bonfim e Oxalá no dia de hoje. Que todas essas forças espirituais a conduzam a um bom caminho de eternidade”, concluiu.Presente durante o sepultamento de Wanda, o cantor Lazinho, da banda Olodum, também exaltou a jornalista. “Aqui [na Bahia] ela se sentiu acolhida. Durante muito tempo ela foi assessora do Olodum e nos deixou sendo conselheira do Olodum. […] Estamos aqui para agradecer tudo que ela fez por nós. Em nome do movimento negro e do Olodum”, disse ele. Wanda Chase faleceu na quinta-feira, 3, devido a complicações de uma cirurgia para tratar um aneurisma dissecante da aorta. Natural de Manaus, no Amazonas, a jornalista se mudou para a Bahia em 1991 e se tornou uma referência para o jornalismo do estado.