Príncipe William anuncia visita ao Brasil para participar de premiação ambiental

O príncipe William desembarcará no Brasil em novembro para participar da cerimônia do Earthshot Prize, uma das principais premiações ambientais do mundo, idealizada por ele em 2020. O evento será realizado no Rio de Janeiro no mesmo mês da COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém (PA).

Com a escolha da cidade maravilhosa como sede da edição de 2025, o prêmio pretende destacar o protagonismo brasileiro na agenda ambiental global. “Acho que o Brasil personifica isso”, declarou William, ao afirmar que o mundo precisa de “otimismo mais do que nunca”.

O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado nas redes sociais oficiais do prêmio, onde o herdeiro do trono britânico reforça o papel do Brasil na proteção da biodiversidade. No registro, William aparece ladeado por figuras internacionais e nacionais, como Heidi Klum, David Beckham, Cate Blanchett, o ator Marcos Palmeira e o ex-jogador Cafu.

O vídeo ainda convida o público brasileiro a acompanhar as novidades do projeto: “Olá, Brasil! O Prêmio Earthshot está chegando ao Rio em novembro! Prepare-se para grandes anúncios, histórias inspiradoras e 15 novos incríveis finalistas de todo o mundo, tudo no coração do Brasil. Rodeados pelas belas paisagens do Rio e pela energia irresistível, estamos a destacar os criadores de mudança onde a inovação e a natureza se unem para regenerar o nosso planeta. Siga @earthshotprize para ficar inspirado!”

Fundado há apenas cinco anos, o Earthshot Prize se consolidou como um dos mais prestigiados reconhecimentos globais para iniciativas ambientais. Criado sob o guarda-chuva da Royal Foundation, o projeto busca incentivar soluções inovadoras para os desafios ecológicos mais urgentes da atualidade. Segundo o próprio príncipe, a ideia surgiu após uma visita à Namíbia e foi inspirada no famoso programa “moonshot”, lançado pelo então presidente norte-americano John F. Kennedy, que culminou na chegada do homem à Lua em 1969.

Ao anunciar o Brasil como país-sede, a organização do prêmio ressaltou a importância do território nacional na agenda climática global: “Como lar de mais da metade da Floresta Amazônica e quase um quinto da biodiversidade mundial, o Brasil é central para o movimento global por soluções baseadas na natureza para reparar e restaurar nosso planeta.” Ainda segundo os organizadores, o objetivo da cerimônia no Rio é “amplificar essas vozes” e evidenciar o compromisso brasileiro com a saúde do planeta, tanto para as pessoas quanto para os ecossistemas naturais.

Como parte das celebrações, a cidade do Rio de Janeiro terá seis de seus marcos turísticos iluminados a partir das 19h para homenagear o prêmio. Entre os pontos escolhidos estão o Museu do Amanhã, os Arcos da Lapa, a Cidade das Artes, o Terminal Gentileza, a Igreja da Penha e o Museu de Arte Moderna (MAM). A iniciativa pretende reforçar a conexão entre a premiação, a cultura local e a mobilização da sociedade em torno da causa ambiental.

Embora a cerimônia principal aconteça no Rio, ainda não há confirmação oficial de que o príncipe William comparecerá também à COP30, em Belém. No entanto, a proximidade das datas e a simbologia dos dois eventos reforçam a sinergia entre as pautas discutidas pela ONU e as soluções premiadas pelo Earthshot Prize. É possível que, mesmo que à distância, o herdeiro da coroa britânica envie alguma mensagem ou participação simbólica para a conferência internacional.

A expectativa é que o evento no Rio de Janeiro reúna nomes importantes de diversas áreas, incluindo ambientalistas, cientistas, empresários comprometidos com a sustentabilidade, ativistas engajados e líderes políticos com voz ativa na defesa do meio ambiente. A edição também irá revelar os 15 finalistas selecionados entre centenas de projetos ambientais de todo o mundo.

Em sua trajetória, o Earthshot Prize já reconheceu o trabalho de várias organizações. Um exemplo de destaque é a Acción Andina, vencedora da edição de 2023, que conseguiu plantar quase 10 milhões de árvores em cinco países da região amazônica em menos de uma década. 

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