Marco Pigossi estreia como protagonista de “Maré Alta”, filme dirigido por ele e escrito por seu marido, Marco Calvani

O ator brasileiro lança Maré Alta, um longa-metragem que aborda temas como imigração, sexualidade e pertencimento, com roteiro do marido, Marco Calvani.

ALERTA DE ESTREIA INTERNACIONAL COM GOSTINHO DE BRASIL! De malas desfeitas em Los Angeles, Marco Pigossi voltou ao país natal para lançar um projeto pra lá de pessoal: o filme “Maré Alta”, sua estreia como protagonista em uma produção norte-americana e, pasme, também como produtor. E tem mais plot nessa história: o roteiro e a direção são assinados por ninguém menos que Marco Calvani, cineasta italiano e marido do astro. É romance na tela e nos bastidores, sim!

Maré Alta mergulha nas profundezas emocionais e políticas da experiência de Lourenço, um imigrante brasileiro nos EUA que enfrenta o drama de ter o visto prestes a vencer enquanto tenta manter a liberdade de viver sua sexualidade plenamente. Spoiler sem culpa: tem desilusão amorosa, tem dilema migratório e tem muita reflexão sobre o que significa pertencer — seja a um país, a alguém ou a si mesmo.

“Existe uma grande beleza e uma grande profundidade no processo de se pertencer”, reflete Pigossi. O ator destaca como o filme toca em questões universais da comunidade LGBTQIPNA+, como a sexualização de corpos pretos, a dificuldade de criar intimidade em tempos de relacionamentos líquidos, e o culto à estética que ignora a alma. Tudo isso embalado numa estética sensível e poderosa, digna de festival europeu.

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 A semente de Maré Alta foi plantada ainda no início do namoro com Calvani, quando os dois trocaram confidências sobre identidade e representatividade. Pigossi queria falar da própria vivência como homem gay — assunto que ele já havia tocado brevemente com a imprensa. “O cinema tem o poder de criar um senso empático”, afirma ele, com a maturidade de quem quer mais do que apenas um papel de galã.

E não pense que essa é a primeira vez que Pigossi visita esse tipo de personagem. Ele lembra com carinho (e crítica) do papel de Cássio em “Caras & Bocas” (2009). “Naquela época, o gay podia existir quando era divertido. Mas quando trazia questões humanas e sociais, não tinha espaço.”

Mas e os bastidores, hein? Com um filme que toca em temas sensíveis — inclusive uma cena em que Lourenço sofre assédio de um advogado — muita gente pode se perguntar: e na vida real? Pigossi garante: “Nunca vivi uma situação de assédio na televisão”, diz, destacando que teve sorte e soube sair a tempo de ambientes tóxicos.

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No currículo recente, o bonitão ainda tem dois outros filmes prontos: o thriller Quarto do Pânico e o terror Privadas de Suas Vidas (sim, o título é esse mesmo, e a gente tá curioso nível hard). Mas Maré Alta tem um lugar especial no coração dele: “Foi a realização de um sonho plantado lá atrás por ninguém menos que Fernanda Montenegro”, entrega, revelando que a diva o aconselhou a produzir seus próprios trabalhos.

Com estreia marcada por emoção, representatividade e protagonismo real dentro e fora da tela, Maré Alta promete ser um divisor de águas na carreira — e na vida — de Marco Pigossi. E olha… a maré só está começando a subir!

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