Setembro Amarelo 2024: a importância da saúde mental e da prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo de 2024 reforça a importância da saúde mental, incentivando que as pessoas busquem ajuda em momentos de dificuldade emocional – Foto: Divulgação

Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física, e a campanha Setembro Amarelo surge como uma forma de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de dar atenção a essa questão.

A iniciativa, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), tem como objetivo prevenir o suicídio e encorajar conversas sobre o bem-estar psicológico.

Em 2024, com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, o Setembro Amarelo continua a salvar vidas e a quebrar o estigma que ainda envolve a saúde mental.

Origem e objetivos do Setembro Amarelo

A campanha teve origem no Brasil em 2015, com a cor amarela, simbolizando luz e esperança, representando a prevenção ao suicídio. Seu objetivo central é desmistificar o tema da saúde mental, incentivando discussões abertas e ajudando a quebrar o tabu que ainda cerca esse assunto.

Muitas pessoas evitam falar sobre suas dificuldades emocionais por medo do julgamento, e é justamente esse estigma que o Setembro Amarelo busca combater, promovendo a conscientização sobre a importância do cuidado com a mente.

Quando um dos maiores desafios da prevenção ao suicídio é quebrar o silêncio e os tabus que envolvem o tema, falar abertamente sobre saúde mental, sem julgamentos, é uma das melhores maneiras de evitar tragédias. O suicídio é uma das principais causas de morte evitáveis no mundo, e seus efeitos são devastadores – tanto para famílias dessas pessoas e para as comunidades.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida anualmente. No Brasil, esse número chega a cerca de 14 mil casos por ano, uma média alarmante de 38 vidas perdidas por dia.

Enquanto em outras regiões do mundo as taxas de suicídio vêm diminuindo, nos países das Américas, esses índices seguem crescendo, especialmente entre os jovens. A falta de diagnóstico ou o tratamento inadequado de doenças mentais estão ligados a quase todos os casos de suicídio e as taxas entre jovens são alarmantes.

Entre 2016 e 2021, o número de mortes de adolescentes de 15 a 19 anos aumentou em 49,3%, e em 45% entre crianças de 10 a 14 anos, no cenário nacional. Esse cenário exige que todos nós nos envolvamos mais ativamente na prevenção, seja divulgando informações corretas ou orientando quem precisa.

Conscientização e sinais de alerta

Durante o Setembro Amarelo, diversas ações são realizadas, como palestras, campanhas e eventos, com o objetivo de educar a população sobre os sinais de alerta e a importância de buscar ajuda.

Entre os sinais mais comuns estão o isolamento social, mudanças repentinas de comportamento e falas frequentes sobre morte ou desesperança – saber reconhecê-los pode ajudar significativamente na prevenção.

Setembro Amarelo

O CVV oferece apoio gratuito e sigiloso, disponível 24 horas por dia, para quem enfrenta crises emocionais e precisa de alguém para conversar – Foto: Divulgação

É importante ressaltar a importância dos amigos e familiares que, ao desempenharem um papel de acolhimento, escuta atenta e empatia, demonstram que estão disponíveis para ajudar a pessoa que está precisando e encaminhá-la ao atendimento especializado.

Lembrando que a ajuda profissional, como de um psicoterapeuta ou psiquiatra, é fundamental para garantir que o paciente receba o tratamento adequado e seja protegido de riscos maiores. Além disso, em momentos de crise emocional, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece suporte gratuito e sigiloso através do telefone 188, disponível 24 horas por dia.

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