Casos de agressão contra crianças em duas creches de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, resultaram na demissão das servidoras. A responsável por uma das vítimas relatou ao portal ND Mais como a família desconfiou que o menino, menor de 4 anos, estava sendo agredido na unidade de ensino da rede municipal.
Conforme a familiar, que preferiu não se identificar, a criança voltava para a casa com marcas roxas nas costas, não sendo possível entender a origem delas, então começou a desconfiar que pudessem ser “beliscões” .
As suspeitas da família foram confirmadas pelo menino no dia 4 de setembro, após ele aparecer em casa com um hematoma na orelha. Ao ser questionado sobre o que teria ocorrido, ele disse que uma “tias” teria o agredido.
Poucos dias depois, a responsável pela criança foi até à unidade de ensino questionar sobre algumas trocas de agentes educacionais que estavam acontecendo, e relatou sobre os hematomas que encontrou no corpo do menino. Contudo, a creche alegou que não teria ocorrido nada relacionado à situação informada.
Câmera de segurança registrou agressão contra criança
A agressão contra o menino foi confirmada posteriormente por meio das imagens das câmeras de segurança da unidade de ensino. Com a confirmação filmada da agressão, a família registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, no início de outubro. De acordo com a responsável pelo menino, o vídeo em questão mostra cerca de seis minutos de agressão contra a vítima, que teria sido “socada” e arrastada pela professora. A divulgação do vídeo não foi permitida, uma vez que o caso ainda segue em segredo de Justiça.
Ao portal ND Mais, a delegacia de Luiz Alves informou que um inquérito policial foi aberto para apurar a denúncia. Após a finalização das investigações, foi encaminhado ao Poder Judiciário, no final do mês de outubro.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação de Luiz Alves, a qual confirmou que houveram casos de agressões em dois Centros de Educação Infantil do município, e que todos resultaram na demissão das servidoras envolvidas.
“Assim que esta secretaria ficou sabendo dos ocorridos, imediatamente foi investigado através das imagens das câmeras. Após comprovado o ocorrido, foi conversado com as famílias das crianças e dado toda a atenção e apoio, bem como foram tomadas todas as decisões cabíveis”, disse em nota.