Nicolás Maduro inicia novo mandato em meio a acusações de fraude eleitoral e isolamento internacional

A posse de Nicolás Maduro para mais um mandato presidencial, realizada nesta sexta-feira, 10, no Palácio Federal Legislativo em Caracas, reflete um cenário de crescente isolamento internacional e contestação interna. Após eleições apontadas como fraudadas, o ditador assume o cargo até 2031, sustentado por seu regime, mas com apoio externo cada vez mais reduzido.

A vitória de Maduro, anunciada com 52% dos votos pelo órgão eleitoral chavista, foi imediatamente contestada pela oposição e por observadores independentes, como o Centro Carter, que indicaram Edmundo González como o verdadeiro vencedor, com mais de 60% dos votos. Até o momento, as atas eleitorais que poderiam comprovar os resultados não foram divulgadas.

A líder opositora María Corina Machado emergiu publicamente após meses de silêncio, mas relatou ter sido brevemente detida pelo regime. Outras lideranças da oposição enfrentam repressão, como Enrique Márquez, acusado de tentar roubar documentos eleitorais para supostamente apoiar González.

Governos da América Latina, como Colômbia e Chile, intensificaram críticas à violação de direitos humanos e à falta de transparência eleitoral na Venezuela. O presidente colombiano, Gustavo Petro, e o chileno Gabriel Boric, classificaram o governo Maduro como uma ditadura, embora tenham mantido canais diplomáticos abertos.

A cerimônia de posse contou com poucos líderes globais, destacando a ausência de aliados históricos e a participação de representantes de países como China, Rússia e Cuba. O governo brasileiro enviou a embaixadora Glivânia Oliveira à posse, mas evita se posicionar sobre a repressão no país vizinho.

Movimentos sociais e lideranças políticas brasileiras, como o MST e membros do PT, marcaram presença no evento. Maduro anunciou a convocação de eleições regionais, mas não há garantia de participação da oposição, que segue cautelosa diante das condições do regime. Enquanto isso, Edmundo González, em exílio, continua a buscar apoio internacional, sem indicações concretas de retorno ao país.

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