Deputado propõe título de cidadania para Fernanda Torres, Walter Sales e Selton Mello

O deputado estadual Mauro Rubem (PT) propôs título de cidadania goiana para a atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz por sua atuação em Ainda Estou Aqui. O filme, dirigido por Walter Salles e estrelado também por Selton Mello, representa um marco na produção cinematográfica brasileira, retratando aspectos da ditadura militar no Brasil e resgatando a história de Rubens Paiva, um dos mais simbólicos personagens do período.

Ditadura Militar e a memória de Rubens Paiva

Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu sob um regime militar que restringiu liberdades civis, censurou a imprensa e perseguiu opositores. Nesse contexto, Rubens Paiva, deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), destacou-se como defensor da democracia e crítico ferrenho do golpe de 1964. Em 1971, ele foi preso, torturado e assassinado por agentes do regime, tornando-se símbolo da resistência à ditadura e da luta por justiça. Sua história, permeada por coragem e tragédia, é resgatada em Ainda Estou Aqui, que utiliza a arte como ferramenta de preservação histórica e denúncia.

Fernanda Torres: trajetória de uma estrela

Filha da atriz Fernanda Montenegro, Fernanda Torres construiu uma carreira sólida e versátil. Desde sua estreia no cinema, com A Marvada Carne (1985), ela demonstrou talento em papéis cômicos e dramáticos, conquistando reconhecimento nacional e internacional. Sua atuação em Ainda Estou Aqui foi aclamada pela crítica, destacando sua capacidade de transmitir complexidade emocional e profundidade. Além do Globo de Ouro, a performance da atriz gera expectativas de indicação ao Oscar, consolidando seu legado na cinematografia mundial.

Selton Mello: da TV ao cinema internacional

Selton Mello, outro nome de peso no elenco, é um dos atores mais celebrados de sua geração. Com uma carreira iniciada na televisão ainda na infância, ele transicionou com maestria para o cinema, estrelando filmes como O Palhaço (2011) e O Filme da Minha Vida (2017), ambos dirigidos por ele mesmo. Em Ainda Estou Aqui, sua interpretação do filho de Rubens Paiva revela nuances de dor, saudade e resistência, reafirmando sua capacidade de humanizar personagens complexos.

Walter Salles: mestre da narrativa sensível

O diretor Walter Salles é um ícone do cinema brasileiro, conhecido por obras como Central do Brasil (1998) e Diários de Motocicleta (2004), que exploram questões sociais e históricas com sensibilidade e profundidade. Em Ainda Estou Aqui, Salles combina sua expertise em narrativas intimistas com um olhar crítico sobre a história política do Brasil, resultando em um filme de impacto global.

Expectativa para o Oscar e o impacto cultural

Após o Globo de Ouro, a equipe de Ainda Estou Aqui mira o Oscar, onde o filme é forte candidato nas categorias de Melhor Atriz, Melhor Filme Internacional e Melhor Direção. O reconhecimento internacional da obra reforça a importância da memória histórica e do debate sobre os legados da ditadura militar no Brasil.

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