Vídeo exclusivo mostra ônibus com prisioneiros libertos por Israel neste sábado

Vídeo obtido com exclusividade pelo Jornal Opção mostra a chegada de vários ônibus com prisioneiros palestinos libertos por Israel em Ramallah, na Cisjordânia, na manhã deste sábado, 25. A libertação de reféns foi um acordo firmado entre Israel e Hamas para o cessar-fogo na Faixa de Gaza após 15 meses de conflito. As imagens foram registradas por fontes da reportagem na Cisjordânia e em Gaza.

Os ônibus, escoltados por dezenas de homens armados, chegaram à Ramallah por volta das 8h da manhã (horário de Brasília). Ao todo, 114 dos 200 palestinos libertos por Israel neste sábado estavam nos veículos.

Tanto nas ruas de Ramallah, quanto na Praça Central de Gaza, centenas de palestinos aguardavam os reféns libertos como parte do acordo de cessar-fogo. Os prisioneiros ainda estavam usando macacões cinzas e sorriram e acenaram para a multidão.

Já na Praça Central de Tel Aviv, um telão mostrava o rosto de quatro soldadas que foram libertas. Israelenses balançavam bandeiras do país, aliviados com o fim do conflito que durou 15 meses.

As quatro militares são Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, que deixaram o território palestino em veículos da Cruz Vermelha.

As mulheres foram levadas à um palco na Cidade de Gaza no meio de uma multidão. Elas acenaram e sorriram antes de serem levadas aos veículos da Cruz Vermelha. Autoridades israelenses informaram, minutos depois, que já estavam com as militares.

Ariev, Gilboa, Levy e Albag foram capturadas na base militar de Nahal Oz em 7 de outubro de 2023. Aproximadamente 250 israelenses foram feitos de reféns no dia.

Acordo de cessar-fogo

No último sábado, 18, Israel aprovou o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns apresentado pelo grupo palestino Hamas. Com o acordo, o Hamas se comprometeu a libertar, nas próximas seis semanas, 33 reféns israelenses — todos mulheres (soldados e civis), crianças e homens com mais de 50 anos. Israel deve libertar todas as mulheres e menores de 19 anos palestinos.

O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, informou à agência de notícias Reuters que 24 dos ministros israelenses ratificaram o acordo, e oito se opuseram a ele. A guerra em Gaza matou 46 mil pessoas e obrigou a maior parte da população palestina de 2,3 milhões a se deslocar. Desde o anúncio do acordo, na quarta-feira, 15, ataques aéreos mataram 116 palestinos, segundo serviço de emergência palestino.

Veja a chegada dos prisioneiros palestinos em Ramallah

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