Hospital Infantil de Campinas mantém os atendimentos pediátricos suspensos devido à falta de repasses do IMAS

O Hospital Infantil de Campinas (HIC) segue com os atendimentos aos usuários do Instituto Municipal de Assistência à Saúde (IMAS) paralisados devido à falta de repasses financeiros. A denúncia foi feita pelo diretor executivo da unidade, Márcio Coelho, que afirma que o hospital não recebe pagamentos do instituto desde julho de 2024.

“Estamos sem receber de julho até novembro de 2024. A dívida já alcança R$ 500 mil”, revelou Coelho. Segundo ele, até o momento, nenhuma proposta foi apresentada para a regularização dos débitos. “Continuamos sem prestar atendimento aos usuários do IMAS, inclusive no pronto-socorro”, destacou.

Impacto no atendimento pediátrico

O diretor do hospital ressalta que a unidade atende cerca de 500 crianças por mês, o que torna a situação extremamente grave. Ele alerta ainda que o IMAS não dispõe de leitos de enfermaria nem de UTI pediátricos em Goiânia. “Atualmente, o HIC é o principal parceiro do IMAS, mas sem os pagamentos, infelizmente, não temos como atender esses usuários”, lamentou.

O hospital infantil oferece 40 leitos de enfermaria e 10 de UTI. “Somos referência em pediatria. Se uma criança precisar de cirurgia para hérnia ou apendicite, por exemplo, os usuários não têm para onde ir. Estamos sem urgência, emergência e leitos. A situação é gravíssima”, enfatizou Coelho.

Reuniões sem solução

De acordo com o diretor, duas reuniões foram realizadas para tratar do impasse: uma no dia 14 de janeiro, na sede do IMAS, com o presidente Paulo Henrique Rodrigues Silva, e outra em 28 de janeiro, na unidade hospitalar, com o atual diretor financeiro do instituto, Dr. Benedito. No entanto, Márcio afirma que não houve qualquer proposta concreta de pagamento, apenas um pedido para que os atendimentos fossem retomados com base na confiança na palavra dos gestores.

“O fato é que nenhuma proposta foi feita e os usuários do IMAS estão sem NENHUM leito disponível na cidade. Tanto o Hospital Infantil de Campinas quanto o IGOPE, que também está com atividades paralisadas, não estão prestando atendimento pediátrico ao IMAS. A situação é muito complicada”, concluiu Coelho.

A reportagem procurou o presidente do IMAS, Paulo Henrique Rodrigues Silva, para comentar o caso, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

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