Venâncio encaminha decreto de emergência pela enxurrada

O prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, oficializou o decreto de situação de emergência em razão das enxurradas ocorridas no fim de semana. No sábado, 15, foram 100 milímetros de chuva em apenas 30 minutos. Já no domingo, 16, foram 50 milímetros de chuva em 20 minutos. O volume expressivo de água em um curto espaço de tempo ocasionou alagamentos em diversos pontos da cidade.

“Venâncio Aires foi duramente atingido novamente pelos eventos climáticos, principalmente na região baixa da cidade neste fim de semana. Trabalhamos intensamente durante o sábado e domingo no atendimento das famílias, junto com a Defesa Civil e Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. Há o alerta para esta segunda-feira para volumes expressivos de chuva. Assim, como o Arroio Castelhano com elevação do nível, podendo sim, ocorrer uma enchente”, alertou o prefeito em vídeo divulgado no início da manhã.

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Apesar dos trabalhos preventivos realizados durante os últimos anos no sistema de drenagem, o grupo da Defesa Civil, SISP e Planejamento destaca que é preciso avançar com o sistema de macrodrenagem. “A atual canalização é da década de 60 e não suporta mais o crescimento da cidade. É uma questão de investimento em substituição de grande canalização”, destacou o prefeito Jarbas da Rosa.

O decreto autoriza a contratação de horas de caminhão hidrojato, contratação de máquinas para obras de macrodrenagem; compras emergenciais de itens básicos e essenciais. Com o decreto de emergência publicado, a Administração Municipal tem a autorização de implementar ações coordenadas e ágeis, visando a recuperação e o apoio às famílias afetadas.

No fim de semana, com as fortes chuvas e alagamentos decorrentes, a Defesa Civil recebeu 80 pedidos, como de colchões, mantimentos, entre outros itens. Em torno de 100 famílias foram atingidas pelas enxurradas. Regiões como nas esquinas das ruas Júlio de Castilhos com a Voluntários da Pátria; General Osório com a Avenida Rupert Filho; General Osório com a Coronel Agra; e General Osório com a Primeiro de Março foram as mais afetadas. Além disso, pontos das ruas Sete de Setembro; Jacob Becker; Voluntários da Pátria no trevo com o Bairro Coronel Brito; e Silveira Martins também foram atingidas.

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De acordo com o secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Luciano Teixeira, a equipe está em alerta para novas cheias e para auxiliar as famílias atingidas. “Tivemos um volume expressivo de chuva no sábado, totalizando 100 milímetros em apenas 30 minutos, pouco espaço de tempo. Isso gerou vários transtornos no município. Fomos acionados para controle destes pontos e de famílias que tiveram suas casas invadidas pela água. Já no domingo, um novo evento, tivemos 50 milímetros em 20 minutos o que causou alguns alagamentos. Nesta segunda, 17, os prognósticos meteorológicos é que chova bastante durante o dia. O que nos causa preocupação é a cheia do Castelhano que pode vir a sair do leito se persistir a chuva com essa intensidade. Isso requer certa atenção”, explicou o secretário.

Com o volume expressivo de chuva, bocas de lobo e galerias não suportam o grande volume de água. Segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Sid Ferreira, há um planejamento de obras de macrodrenagem para melhor evacuação da água. “O município tem cinco sangas que cruzam a cidade, desde a região da Cidade Alta até a região baixa. São obras que foram construídas galerias com diâmetro de dois metros, com canos que, na época, eram as maiores. Hoje, com grande volume de chuva, com crescimento muito grande da nossa cidade, essas galerias não conseguem comportar o grande volume de água e acabam ocasionando esses alagamentos. Trabalhamos muito nas obras de microdrenagem, que eram limpeza, desobstrução, troca de boca de lobo, trocas de tampas. Agora estamos no planejamento de obras de macrodrenagem para aliviar a carga de água nestas galerias já existentes, a exemplo da Sanga do Arrozal, Sanga da Mangueira, Sanga do Cambará e a Sanga da Divisa, que são as principais que cortam a nossa cidade. São necessárias obras estruturantes para evitar novos alagamentos. São obras que vão causar transtornos ao longo de alguns meses, mas são necessárias para que no futuro nenhuma família seja atingida por alagamentos”, ressaltou Ferreira.

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As escolas do município não foram afetadas e seguem com aulas normais. Já o Centro de Especialidades Médicas, a Sala de Vacinas, o Cadi, a Farmácia Municipal e a Epidemiologia foram alagadas e equipes já trabalham na limpeza. Os locais voltam com atendimento normal nesta terça-feira, 18.

Para quem necessitar, solicitações de material de construção, cesta básica, kit limpeza em decorrência da situação de emergência, atendimentos estão sendo realizados na Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social, com a equipe da calamidade. Contatos podem ser realizados no número da Defesa Civil no (51) 93505-5953 ou Corpo de Bombeiros pelo 193.

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