Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros de guerra após mediação dos Emirados Árabes

Zelensky celebrou volta de prisioneiros: ‘Nosso povo está em casa’.Sergei Supinsky

O Ministério de Defesa da Rússia anunciou neste sábado (14) a troca de 206 prisioneiros com a Ucrânia, 103 de cada parte, após um acordo negociado pelos Emirados Árabes Unidos

O comunicado afirma que “103 militares russos capturados na região de Kursk foram devolvidos daquele território controlado pelo regime de Kiev. Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do exército ucraniano”.

Segundo os russos, os Emirados Árabes fizeram “esforços de mediação” para permitir a troca. Todos os soldados russos libertos estão atualmente em Belarus, onde recebem a ajuda psicológica e médica necessária. 

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que todos os 103 ucranianos que retornaram eram militares: 82 soldados e 21 oficiais. O líder postou no Telegram dizendo “Nosso povo está em casa”.

Concluindo dizendo “conseguimos trazer de volta com sucesso mais 103 guerreiros do cativeiro russo para a Ucrânia”, seguido de fotos de militares enrolados na bandeira nacional azul e amarela, abraçando uns aos outros. A informação oficial é de que Kiev já garantiu o retorno de 3.672 ucranianos em 57 trocas.

Investida ucraniana

A ofensiva de Kiev lançada em 6 de agosto na região de Kursk, fronteira da Rússia, pegou o exército russo de surpresa. Na época, a Ucrânia anunciou a prisão de centenas de soldados russos.

Segundo a imprensa russa, a maioria dos prisioneiros são recrutas e guardas de fronteira.

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Em 24 de agosto, os dois países em guerra no Leste Europeu anunciaram, também com a mediação dos Emirados Árabes, uma troca de 230 prisioneiros.

Ataques de drones

Durante a madrugada deste sábado (14), a Rússia lançou novos ataques de drones contra os ucranianos, menos de 24 horas após ameaçar o país e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A defesa antiaérea da Ucrânia conseguiu interceptar 72 dos 76 drones lançados contra mais de doze cidades em todo o país. Não há, até o momento, registro de mortos ou feridos.

Pela manhã, Zelensky reforçou o pedido por mais mísseis de longo alcance. Vladimir Putin já tinha afirmado que vai considerar a Rússia em guerra contra os países da OTAN caso armem a Ucrânia com esse tipo de míssil.

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