Grupos vulneráveis terão proteção e acolhimento durante o Carnaval

O Carnaval deste ano vai ser o palco da aposta em tecnologia e postos avançados para proteger grupos vulneráveis da violência na folia. É por meio de um contato de Whatsapp, o Botão Lilás, que a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) busca facilitar e agilizar as denúncias de agressões contra mulheres. Outras organizações investiram na presença no circuito para defender vítimas de violências, como pessoas negras, com deficiência, população LGBTQIAPN+, crianças e adolescentes, idosos e outros.As repetidas ocorrências de importunação sexual e violência contra mulheres são um desafio na realização da festa momesca. Diante deste cenário, a SPMJ aposta no Botão Lilás, que é um canal via Whatsapp da Prefeitura (7198791-3420), para maior celeridade nessas denúncias. “Tanto a agredida pode denunciar, como terceiros. Não é aplicativo, é uma conversa rápida por Whatsapp e dali já vamos abrir um número de ocorrência e encaminhar direto para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)”, explica a secretária da pasta, Fernanda Lordêlo.

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Entre as vantagens da ferramenta, além da velocidade, estão a discrição, possibilidade de denúncia anônima, disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana e outras. Além disso, o sistema também fornece informações dos tipos de violência e dos direitos de mulheres, orienta como denunciar e possibilita o acesso aos serviços de apoio disponíveis.AvançosMesmo com o uso da tecnologia, a SMPJ também aposta na presença próxima aos circuitos do Carnaval, com dois postos avançados, um em Ondina e outro no Campo Grande. A secretária também está com a campanha “Tô na rua, mas não sua”, que envolve diversas ações, entre elas formações nos órgãos públicos e privados da festa.Já a Sepromi vai estar na festa com a unidade móvel do Centro de Referência Nelson Mandela, que é um veículo para para receber denúncias de racismo e intolerância religiosa, e vai atuar no Circuito Batatinha, no Centro Histórico. A secretária também vai estar presente no Procon da Carlos Gomes e na Barra, no circuito de Carnaval, além de estar com posto integrado nas Gordinhas, em Ondina e no Campo Grande.Toda essa movimentação para encarar as ocorrências de cunho racional no Carnaval, que vão desde piadas com a raça das pessoas, passando por casos de impedimento de negros de acessarem espaços considerados vips da festa, até a injúria racial direta e os casos de violência. A secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, reforça a importância dos postos avançados no combate a essas violências.“São crimes que têm um impacto emocional muito grande nas vítimas, às vezes as pessoas ficam simplesmente atônicas, em choque, sem saber o que fazer. Então você saber que pode recorrer a alguém ali próximo, que não está sozinho é importante”. A novidade da pasta para o Carnaval deste ano é a atuação da Delegacia Especializada em Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa – DECRIN, que vai ser um dos órgãos conectados à rede de denúncias e proteção da população. A Sepromi está com a campanha “Com racismo não tem folia”, que já está em atuação nas festas de verão e segue para o Carnaval.NovidadesOutra ação inédita no Carnaval deste ano é o stand da SJDH na estação de Metrô da Lapa, com a finalidade de receber denúncias e dar o devido prosseguimento. Outros postos fixos da secretaria são nos circuitos Osmar (sede do Procon, na Rua Carlos Gomes, 746, 2 de Julho) e Barra-Ondina (Edifício NAU, Rua Alfredo Magalhães, 115).O espaço vai estar disponível para atender crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, população LGBTQIAPN+, pessoas idosas, mulheres, pessoas negras, catadores/as de recicláveis, vítimas de trabalho escravo, e outros. As equipes também vão atuar nas ruas com a Campanha ‘Respeito é Nosso Direito!’, distribuindo peças publicitárias com mensagens educativas sobre respeito às diversidades e contra a prática de quaisquer tipos de discriminações.Já a SMP vai realizações ações estratégicas voltadas para mulheres durante o Carnaval nos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha, além de bairros da capital e cidades do interior. Campanha contra o assédio e importunação sexual (Oxe, me respeite); distribuição de adesivos e tatuagens temporárias, chamando a atenção sobre as violências de gênero; tenda como espaço para acolhimento, atendimento e encaminhamento das mulheres em casos de violências de gênero – nas Gordinhas, em Ondina, das 16h às 5h; e no Paço Municipal, no Pelourinho, com funcionamento das 14h às 2h.

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