Natura estuda venda de operações da Avon fora da América Latina

A Natura&Co anunciou nesta quinta-feira, 20, que está em tratativas iniciais com a gestora IG4 para a possível venda das operações da Avon fora da América Latina. A companhia de cosméticos brasileira ressaltou que a negociação ainda está em fase preliminar e que outras alternativas estratégicas também estão sendo avaliadas.

A possível transação representa um novo desdobramento na estratégia da Natura para reorganizar suas operações globais. Desde dezembro de 2024, a empresa já havia sinalizado que estudava alternativas para a marca Avon fora da América Latina, considerando desde uma venda integral até parcerias comerciais.

“Nesse contexto, (a Natura) vem mantendo tratativas com a gestora IG4 visando uma potencial transação de venda das operações da Avon fora da América Latina”, informou a companhia em comunicado assinado pelo diretor financeiro, Guilherme Castellan. Segundo o documento, as negociações “vêm sendo mantidas em exclusividade, mas estão ainda em estágio inicial e a Companhia permanece avaliando outras alternativas estratégicas”.

A Natura adquiriu a Avon em maio de 2019 por meio de uma transação baseada na troca de ações. Em janeiro de 2020, a operação foi concluída e a marca passou a integrar o grupo Natura&Co, que também inclui The Body Shop e Aesop. Na época, a Avon foi avaliada em US$ 2 bilhões, com a divisão societária do novo grupo ficando em 73% para os acionistas da Natura e 27% para os acionistas da Avon.

Contudo, apenas quatro anos após a fusão, a empresa sinalizou a possibilidade de separação da Avon. Em fevereiro de 2024, a Natura anunciou que estudava a cisão das operações, justificando que cada marca do grupo funcionava de maneira independente. O processo foi temporariamente suspenso em agosto de 2024, quando a Avon Products — subsidiária do grupo Natura responsável pela Avon em mercados fora da América Latina — entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A medida foi tomada para obter proteção contra credores e viabilizar uma reestruturação financeira.

O pedido de recuperação judicial da Avon Products não impactou diretamente a Natura, mas evidenciou a necessidade de reavaliação das operações do grupo. Apesar de o processo ainda estar em andamento, a companhia voltou a negociar uma possível venda da Avon, e a IG4 aparece como a principal interessada na aquisição.

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