Bolsonaro e a pedra no sapato (ou melhor, na tornozeleira)

charge bolsonaro pgr consciência

Diante do público, Jair Bolsonaro aparece com um olhar desconfiado, sua expressão carregada, como se soubesse que o peso que carrega não é só físico, mas também jurídico. Ele veste um terno preto e gravata amarela, tentando manter a pose de autoridade, mas um detalhe compromete sua credibilidade: uma tornozeleira eletrônica presa ao tornozelo. Atrás dele, uma imensa bola de ferro, marcada com as letras “PGR”, simboliza a Procuradoria-Geral da República, que agora o persegue com denúncias graves. Apesar da cena evidente, ele insiste em discursar: “Estou com a consciência tranquila…”. A fala paira no ar como um eco irônico, desmentida pelo próprio cenário.

A PGR apresentou uma denúncia contra Bolsonaro e mais 33 aliados, acusando-os de arquitetar um plano para invalidar as eleições de 2022 e se manter no poder a qualquer custo. Entre as acusações, há relatos de tentativa de instrumentalizar as Forças Armadas, disseminação de desinformação e até ameaças contra autoridades do Supremo Tribunal Federal. Enquanto a Justiça pesa sobre ele como a grande bola de ferro da cena, Bolsonaro tenta minimizar as acusações, classificando-as como perseguição política. Mas, assim como na imagem, por mais que tente, ele não consegue se desvencilhar daquilo que o prende.

O peso da PGR, assim como a bola de ferro, não é algo que se solta facilmente. Enquanto seus aliados buscam caminhos para aliviar sua situação, a sociedade brasileira observa o desenrolar dessa novela política, onde o ex-presidente insiste em dizer que não há problema algum—mesmo que o mundo inteiro veja o contrário. E a grande pergunta continua no ar: será que Bolsonaro conseguirá arrastar esse fardo por muito tempo ou, em algum momento, ele finalmente tropeçará?

Adicionar aos favoritos o Link permanente.