Livro: a história de bondade e apreço pelo humano da Associação Brasileira de Dislexia

Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, acreditava que o homem era naturalmente “mau”, bárbaro e egoísta. Em seu estado de natureza, o ser humano estaria sempre disposto a sacrificar o bem-estar do próximo em nome de suas vontades.

Tese essa que, aceita, nos leva a concluir ser a bondade não uma qualidade (intrínseca ), mas uma virtude ( adquirida) do ser humano. Esta é uma raridade neste mundo materialista. Própria de seres aprimorados.

Nesse sentido a Associação Brasileira de Dislexia ( ABD), na sua existência, é um caso prático dessa virtude. Desde a sua fundação e por toda a sua história, esta entidade filantrópica escreveu capítulos de bondade.

Um desses capítulos de bondade pode ser visto no recém-lançado livro “Dislexia e TDHA” (Editora Anjo, 256 páginas), que deve ser lido por profissionais, pais e dos que exercitam a virtude de querer o bem do próximo.

E é nesse exercício virtuoso que escrevo esta resenha para prefaciar o citado livro. Contribuir para a leitura deste texto é uma forma positiva de fazer bondade.

O texto, a par de ser muito técnico/profissional, é emocionante para os que sentem nas suas entrelinhas ter sido escrito com amor. Há empatia com o sofrimento das pessoas, crianças e adultos, que sofrem a angústia da dificuldade de se equiparar aos seus pares rotulados como normais.

Talvez a minha consciência da existência de um exacerbado mercantilismo praticado no mercado da saúde, seja a razão de me sensibilizar com a postura humanitária dos diversos profissionais que contribuíram para compor esse livro.

Mercantilismo que tem a sua diferenciação quando o profissional objetiva em primeiro lugar o lucro e por consequência a solução do mal. O que é legítimo quando o que acontece é o contrário.

Cumpre assim este livro com a missão que inspirou a criação da Associação Brasileira de Dislexia — ajudar os disléxicos de todas as formas possíveis, sem pretender outro retorno que não seja fazer o bem.

Ainda que o foco do texto seja os indivíduos com dificuldades de aprendizado, o tema deve merecer o interesse de todos : pais, professores e profissionais da saúde. Pois, não há família que não tenha ou venha a ter um disléxico na sua prole.

Didático, prático, em leitura acessível ao leigo, todos têm o que aprender da sabedoria amealhada em anos de estudo e observação pelos profissionais que assinam os diversos capítulos do livro.

Os beneficiados com a divulgação do conhecimento não são só os portadores de dificuldade de aprendizagem, também os que amam e querem o bem dos seus dependentes. Ganha, no todo, a sociedade com a inclusão de um número significativo de indivíduos inteligentes, que deixam de ser um peso morto para a nação.

De todos os males da dificuldade de aprendizagem, a ignorância é dos mais indesejados.

Leia o texto para estar preparado para encarar esse grande desafio, que está ou estará presente em todas as famílias — inclusive a sua. (Leia mais sobre dislexia: https://tinyurl.com/8a5j4hs4)

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