PSD pode encolher

Caso se confirme a saída do ministro Wellington Dias, um dos que contam com a má vontade do presidente Lula e do chefe da Casa Civil, o PT ganhará uma cadeira de senador, mas às custas de um aliado, o PSD.

É que a suplente de Wellington, Jussara Lima, pertence ao partido e é uma fiel seguidora do governo. Isso mexe com o tamanho das bancadas. Hoje, o PSD tem a maior delas, com 15 votos, o que, aliás, garantiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça a outro fiel governista, Otto Alencar.

Com isso, empatará com os 14 do PL bolsonarista, que pode receber uma adesão vinda do Podemos e se tornará a maior bancada. Isso não tem grande importância na distribuição de cargos, mas não deixa de mostrar sentido simbólico, justamente quando o governo Lula vive seus piores momentos.

Trocas

Mas há males que vêm para bem. Um aceno simpático seria entregar a Wellington Dias, bom de conversa, a liderança do governo no Senado.

O atual líder, Jaques Wagner muito respeitado, poderia virar ministro das Relações Institucionais, no lugar de Alexandre Padilha, que já foi para a Saúde. Isso pouparia o governo de indicar para o cargo o deputado José Guimarães, que está longe de ser uma unanimidade.