Seminário na Unisc debate justiça climática e população trans e travesti

A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por meio do Ambulatório Multiprofissional de Atenção à Saúde da População LGBTQIAPN+ (Ambitrans), realizou nessa sexta-feira, 28, o Seminário Nacional sobre Justiça Climática, População Trans e Travesti: direitos e resistências em tempos de desastres socioambientais. A programação reuniu diversas palestras sobre o tema, com público composto por integrantes da Secretaria de Saúde do Estado, da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, além de coletivos do Estado e ONGs.

O coordenador do Ambitrans, professor Eduardo Saraiva, explica que o seminário é resultado de dois projetos de extensão, financiados pelo Fundo Positivo: Climatrans: justiça climática e a vulnerabilidade das mulheres e o Enfrentamento dos impactos da crise climática pela população de mulheres trans e travestis do RS. “Reunimos movimento social, poder público, universidade em torno do tema Justiça Climática e a População Trans e Travesti, porque um dos focos é justamente pensar a transfobia ambiental e a situação de vulnerabilidade que essa população se encontra.”

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Além do Seminário, foram realizados encontros em Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, com coletivos, ONGs, poder público e autoridades da área da saúde, principalmente, para discussão sobre como as enchentes afetaram a população de travestis e transexuais, a vulnerabilidade, a situação dos abrigos e a falta, também, de identificação nesses abrigos. Segundo o professor, não há dados consistentes sobre a realidade dessa população nas enchentes.

O problema maior, no período, segundo Saraiva, foram as agressões sofridas nos abrigos. “Foi uma população muito agredida, algumas vezes, impedidos de ficarem nos locais, mesmo nós sabendo que é uma população pobre, na sua grande maioria, principalmente, os travestis. Ao mesmo tempo, o poder público não teve atenção e nem um preparo específico para isso, tanto que os coletivos, a comunidade trans se organizou de uma forma muito forte para ajudar uns aos outros.”

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Na finalização dos projetos, Saraiva ressalta que uma das conclusões é que existe uma comunidade trans que começa a se organizar, nos seus coletivos, na ação social, e que tem muita força. “É importante, enquanto universidade, pensarmos nesse tema. É um tema necessário para a nossa formação, para se pensar em políticas públicas, na questão do preconceito, preparar os profissionais de saúde e de educação, porque é uma população que cresce de visibilidade, de legitimidade.”

Programação

A programação ocorreu durante todo o dia com a realização de quatro painéis. O primeiro foi Justiça Climática e Diversidades; em seguida, Desastres socioambientais e ativismos; no terceiro, Vulnerabilidades e redes de apoio em tempos de crise; e o quarto Advocacy e incidência política. No final, houve a conferência de encerramento Caminhos para uma justiça climática inclusiva.

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