Visibilidade e apoio

Hoje é Dia Internacional de Visibilidade de Pessoas Trans e Travestis, uma boa oportunidade para buscar convergências tendo como objetivo ações de apoio e defesa dos direitos de quem quer construir-se “homem”, “mulher” e outros.A categorização das múltiplas identidades e formas como se deseja passar o tempo da existência produz os rótulos, mas a liberdade imposta pela consciência humana implica escolhas individuais e, não-raro, provisórias.A ignorância, mãe do conhecimento, pois só se pode conhecer o que não se sabe, ainda produz sua sombra, a mais recente lançada ao mundo pela volta do reacionarismo estadunidense, em defesa da característica biológica como prioridade.Muito difícil para os conservadores provocar recuo, tão forte tornou-se a união dos “transgêneros” – termo utilizado para categorizar pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído no momento de seu nascimento.No Brasil, os aparelhos ideológicos prevalecentes perseveram em evitar quem é LGBTQIA+, sigla para lésbicas, gays, bissexuais, trans, queers, agêneros e outros grupos a serem acolhidos.Trata-se de uma nódoa na bandeira do arco-íris, símbolo do movimento: brasileiros são ‘campeões’ mundiais, há mais de uma década, em assassinatos de pessoas LGBTQIA+, em especial trans.O país investe em educação, mas os projetos pedagógicos, mesmo nas universidades, omitem ao menos uma disciplina nuclear de formação, para abordar temas relacionados às convenções de gênero, visando melhor convívio.Sem conhecimento, a treva não se ilumina: pode-se levar toda uma vida sem o vislumbre da erradicação da transfobia. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) alerta para a expectativa reduzida de tempo de vida (35 anos), por conta da vulnerabilidade do grupo à morte violenta e prematura. Um absurdo a exigir política pública mais assertiva.
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