Parecer da PGR dá fôlego a Bolsonaro no inquérito do golpe; entenda

O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) na quinta, 27, pelo arquivamento da denúncia contra Jair Bolsonaro por suposta fraude na carteira de vacinação deu uma injeção de ânimo na defesa do ex-presidente, que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do inquérito e da ação penal sobre golpe de Estado.

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O argumento é que as operações policiais decorrentes do caso das vacinas teriam sido deflagradas com o único objetivo de prender aliados e apreender documentos e aparelhos eletrônicos que pudessem municiar outras apurações contra Bolsonaro. Proibida no Brasil, a prática é conhecida como fishing expedition [pescaria probatória] no jargão jurídico. A informação é do colunista Paulo Capelli, do portal Metrópoles.“Tudo no inquérito das vacinas foi usado para fishing expedition. Usaram a investigação das vacinas para fazer buscas, apreensões e promover uma auditoria nos investigados. Foi a partir desse inquérito das vacinas, que nada encontrou contra Bolsonaro, que surgiram os casos das joias e golpe. Vamos usar isso no tempo certo para pedir a anulação [do inquérito e da ação penal sobre golpe de Estado]”, disse o advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Bolsonaro.A investigação sobre o cartão de vacinas de Bolsonaro levou à prisão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, o militar foi preso pela primeira vez em maio de 2023, suspeito de envolvimento em fraudes.Quatro meses depois, Moraes homologou a delação premiada de Cid. O documento lastreou as investigações da Polícia Federal contra Bolsonaro sobre golpe de Estado e joias sauditas.

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